Mandala & Sinos Tibetanos - Diga NÃO à ignorância!

É bem verdade que os sinos tibetanos estiveram muito tempo ligados às primeiras religiões xamânicas da Ásia, tendo sido depois "adotados" pelos budistas. Álias, graças aos budistas e sobretudo, ao Budismo Tibetano, os sinos tibetanos – assim como as Mandalas – tornaram-se mais conhecidos no Ocidente e passaram à ser divulgados de maneira que, hoje em dia, muitas pessoas já sabem o que são ou, ao menos, tenham uma idéia. Claro, no que se refere à divulgação da Mandala no Ocidente, devemos também muito à JUNG*.

Mandala e Sinos Tibetanos: ligados ao Budismo no início, hoje são utilizados em terapia.

Os Sinos Tibetanos e as Mandalas passaram à ser objeto de estudo de cientistas e pesquisadores da área médica por conta de suas qualidades terapêuticas; graças à várias pesquisas e usos no meio médico e terapêutico, os sinos e as mandalas libertaram-se da posição religiosa da qual faziam parte para serem utilizados em diversas áreas da vida : por exemplo, desde a concentração de alunos nas escolas elementares como no tratamento psíquico de pessoas que sofrem de câncer ou ainda, que trazem um grande sofrimento em suas vidas e precisam de um acompanhamento psicológico.

Longe de substituir o acompanhamento médico, a Terapia com os Sinos Tibetanos e a Arteterapia com Mandalas permite um acompanhamento complementar e contríbui para possíveis melhoras no plano físico, mental e emocional da pessoa tratada.

Utilização  dos Sinos Tibetanos e da Mandala em terapia ou atividades sociais.

Os Sinos Tibetanos e as Mandalas são culturalmente diferentes para nós brasileiros ! O mesmo acontece com um tibetano quando vê nosso cavaquinho ou uma flauta de nossos índios : para eles, é algo completamente diferente do que estão habituados à ver e ouvir! Mas essa diferença não deve ser sinônimo de ignorância !

Exemplos de instrumentos musicais « diferentes » (ao olhar ocidental) mas que podem ser usados num trabalho terapêutico.

Nem o Sino Tibetano e nem a Mandala é « coisa do mal » ou afins. Num trabalho terapêutico, tanto a Mandala como os Sinos Tibetanos estão desligados do conceito de religião, ou seja, não é porque você fará uma Massagem de Som com Sinos Tibetanos ou traçará uma Mandala que você será um budista (e, o Budismo nem é religião e sim uma Filosofia). Álias, a Mandala esteve e está presente em diversas culturas diferentes em todos os tempos. Mesmo nossos índios brasileiros traçam mandalas !!!

Em várias partes do mundo, na Europa por exemplo, algumas pessoas usam as Mandalas em trabalhos sociais e também terapêuticos – o mesmo acontece com os Sinos Tibetanos. Aqui em Nice (França) onde moro, há um trabalho de musicoterapia que utiliza a percussão brasileira no acompanhamento de pessoas que sofrem do mal de Alzeihmer. E nem por isso, essas pessoas se tornaram brasileiras ou pensam em dançar no Carnaval ! No entanto, esse trabalho de percursão abriu novos horizontes, permitindo um momento de alegria e regeneração interior na luta difícil e diária – de cada momento – contra o mal de Alzeihmer. Em algumas escolas maternais, os Sinos Tibetanos vêm sendo utilizados para acalmar e concentrar as crianças apos momentos de grande euforia e/ou pratica de esportes. Tudo isso vem sendo realizado com sucesso sob acompanhamento médico e de profissionais.

Além dos sinos tibetanos, vários outros instrumentos podem ser usados com intenção terapêutica.

O mesmo ocorre com os Sinos Tibetanos e a Mandala. Por isso, antes de se deixar levar por preconceitos ou dúvidas, informe-se, leia e procure saber mais à respeito. Entre em contato com um profissional da área e converse com ele. Tire suas dúvidas. Não há mal maior que a ignorância e permanecer na ignorância é sobretudo, deixar de progredir.

Texto:  Veruscka Rocha

Quer saber mais? Veja aqui:

- MANDALA & SINOS TIBETANOS

- TERAPIA DE SOM: UM MOMENTO ENTRE O SOM E A MANDALA

- SONIA ARDAH: MASSAGEM DE SOM E TERAPIA

- MANDALA & SINOS TIBETANOS - Diga NÃO à ignorância.

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Nota:*Carl Gustav JUNG (1875-1961) - Psicoterapeuta suíço fundador da psicologia analítica; deve-se à JUNG a divulgação da existência da mandala no Ocidente pois, até então, ela era praticamente desconhecida.